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Exoneração: diretores de escolas municipais lutam para não perderem cargos

02-05-2009 02:51
Muitos diretores das escolas municipais de Aparecida bem que espernearam para ficar no poder. Não duvido de que, por conta da indecisão na escolha de seus substitutos, tenha inclusive havido momento em que alguns deles (os antigos diretores) do alto de seu nanico poderio, tenham chegado a dar gritinhos do tipo "tá dominado!, tá tudo dominado!", pensando ter caído nas graças da nova administração municipalista e na ingênua crença de que perpetuariam e se imortalizariam na posição de mando.

 

É claro que, no caso, o erro da Secretaria Municipal de Educação foi justamente o fato de ter dado prazo para que estas ilustres personnas non gratas alimentassem ainda mais a sua vaidade de poder. A exoneração dessa gente deveria ter acontecido, sem dó nem piedade, imediatamente, logo no primeiro ou, quando muito, no segundo dia de governo. A demora na reposição dessas peças só fez a tentativa desesperada dessa gente (os antigos gestores) de manter-se no poder tornar-se uma atitude ridícula. Teve gente, inclusive não pouca, profundamente jocosa, que chegou a fazer abaixo-assinado, produziram faixas louvominhosas, louvando sua própria eficiência, e usando o nome do povo para querer impressionar o prefeito e vereadores, resistindo apear do poder. Esses velhos diretores só não se lembraram, porém, de que o político, mais do que ninguém, é aquele que sabe o quanto as faixas e cartazes que louvam um determinado sujeito não passam de coisa arquitetada e levada a cabo pelo próprio ser louvado e colocado em evidência.
Ora, mas que ingenuidade a desses velhos diretores que não se lembraram de que o político é aquele que durante a madrugada sobe em postes com dizeres do tipo: "os moradores da cidade tal, do bairro tal, agradecem pelo apoio, empenho, trabalho, dinamismo do prefeito ou vereador tal!" E o povo que normalmente é citado como quem assina o texto, nem mesmo chega a saber se está agradecendo alguém por alguma coisa. Quando acorda e olha pela janela do quarto, está lá na frente de sua casa a "bendita" faixa agradecendo em seu nome.
Bem, o fato é que, para o bem de todos, não deu mesmo certo a tentativa desesperadora dos diretores de se manterem no poder. E as escolas nem se abalaram. Seguem seu ritmo ordinário e mesmo que professores e funcionários sentirem-se insatisfeitos não pretenderão a volta desses antigos gestores acostumados ao singular papel de bajuladores políticos, incapazes de entender a importância de se discutir os problemas da categoria e da educação no chão da escola e no seio da comunidade escolar.
Ninguém sentirá saudade das ameaças, dos discursos que eram mais coercitivos do que persuasivos, das convocações para reunião na casa de diretores e secretários em época de eleição... Quem terá saudade disso, senão o próprio diretor, essa figura decadente. Aliás, nos últimos dias, depois da queda de braço perdida, parece que alguns deles finalmente entenderam a importância da democracia na escola. E agora já se organizam em nome das eleições diretas para a gestão escolar. Será que apear do poder trás mesmo sabedoria? Ou não será isso apenas uma estratégia para que os antigos apaniguados voltem ao poder?
 
Gedeon Campos

 

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